Sopro cardíaco é algo que sempre causa dúvidas nos pacientes. Associado a doenças cardíacas graves, esse é um diagnóstico que desperta preocupação.

Neste artigo vou explicar a vocês o que é um sopro, o que significa, quais sintomas podem causar, quais são os tratamentos e como você deve fazer o acompanhamento.

O que é um sopro?

Primeiramente, o sopro é um murmúrio, um ruído que o sangue faz ao passar pelas valvas do coração.

Sopro no coração não significa exatamente uma doença, mas pode ser um sinal de que algo está errado.

O coração é composto por 4 câmaras, o sangue vai do corpo ao coração, em seguida para o pulmão onde recebe oxigênio, volta ao coração e é direcionado para o corpo novamente.

Em cada ponto de passagem do sangue existe uma valva cardíaca, que funciona como se fosse um porta – elas se abrem e fecham para permitir a passagem do sangue no momento certo. Todas essas andanças do sangue podem produzir ruídos e quando esses ruídos são audíveis, temos os sopros.

Quais são as causas de um sopro?

O sopro é causado por alterações nas valvas.

Várias causas podem resultar em adoecimento das valvas – doenças autoimunes, infecções, infartos, alterações congênitas (ocorre uma malformação da valva no período fetal), alterações secundárias ao envelhecimento. Via de regra, sopros mais altos, mais fáceis de ouvir, indicam doenças mais graves.

Entretanto, na maioria dos casos, o sopro é bem leve, e não configura doença. É apenas uma variação em relação ao normal. As valvas podem apresentar um pouco de escape do sangue quando vão se fechar, sem alterações em sua estrutura principal, e isso é considerado fisiológico.

Quais sintomas causados pelo sopro?

Sopro associado a doença valvar grave pode causar falta de ar, cansaço, dificuldade para fazer exercícios, inchaço nos pés, insuficiência cardíaca. Com o tempo, o coração pode se tornar dilatado e assim perder a sua força.

Qual o tratamento do sopro?

Para os casos graves, de doença valvar que cursa com um sopro, é necessário acompanhamento cardiológico rigoroso.

Avaliamos os sintomas que o paciente apresenta, acompanhamos como o sopro evolui ao longo do tempo (a evolução de como o ruído é ouvido), fazemos exames de ecocardiograma (ultrassonografia do coração) de maneira seriada, e avaliamos outros sintomas conforme a necessidade de cada paciente.

Para os casos de sopro leve, sem doença valvar associada, e em paciente sem sintomas, é necessário apenas acompanhamento cardiológico por meio da consulta.

Nos casos graves pode ser necessário realizar o conserto ou a troca da valva. Na grande maioria das vezes o tratamento é feito por cirurgia cardíaca.

Hoje em dia, cada vez mais tem se aprimorado as técnicas por via percutânea (por cateterismo), em que, para pacientes selecionados, é possível realizar o tratamento da doença valvar sem que seja necessário realizar uma cirurgia cardíaca de grande porte.

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